Um dos assuntos que mais têm sido discutidos atualmente, em especial durante a pandemia, é a questão da saúde mental. Porém, existe também a saúde emocional, sobre a qual não se fala tanto.

À primeira vista, pode parecer que ambas são a mesma coisa, mas existem diferenças significativas entre elas.

Vamos descobrir quais são.

Saúde mental

A Organização Mundial da Saúde (OMS) a define como “um estado de bem-estar em que o indivíduo percebe suas próprias habilidades, pode lidar com o estresse normal da vida, pode trabalhar de maneira produtiva e produtiva e é capaz de fazer uma contribuição para sua comunidade”.

Logo, a saúde mental se refere ao estado de equilíbrio entre o indivíduo e o ambiente em que está inserido. Quando as emoções estão sob controle, não se encontra dificuldades para lidar com as exigências externas da rotina. Porém, quando algo não está em equilíbrio, podem ser desencadeados reações químicas, transtornos e sintomas que afetam a forma como a pessoa encara e realiza suas tarefas e mantém ou não seus relacionamentos.

Saúde emocional

Embora esteja ligada à saúde mental, a saúde emocional possui questões mais específicas, como padrões de pensamento. Este último possui grande influência sobre o comportamento dos indivíduos, podendo oscilar constantemente entre opostos - felicidade e tristeza, por exemplo.

A saúde emocional tem por objetivo, então, aprender a lidar com esses sentimentos, entendendo que as emoções - positivas e negativas - fazem parte do cotidiano e buscando o equilíbrio entre elas. 

Essa questão tem a ver com a percepção que uma pessoa tem de si mesma, ou seja, a autoestima é importante na hora de manter os sentimentos equilibrados. Exemplos da falta de saúde emocional são a falta de motivação, apatia e procrastinação. 

Trabalhar a saúde emocional também pode ajudar na superação de acontecimentos que tiveram algum impacto na vida do indivíduo e na manutenção dos relacionamentos, sejam eles profissionais, familiares ou amorosos.

As diferenças entre saúde mental e emocional

A saúde mental envolve questões neurológicas e trata de um estado de equilíbrio psicológico, no qual não existem transtornos como ansiedade ou depressão. Quando ela é prejudicada, o indivíduo está propenso a desenvolver esses distúrbios. 

Os profissionais especializados no tratamento da saúde mental são os psiquiatras e os psicólogos.

A saúde emocional, por sua vez, abrange os estados emocionais de uma pessoa, que podem variar ao longo do dia, chegando de um extremo a outro. Tem influência sobre os comportamentos e os sentimentos.

É importante frisar que, embora sejam diferentes, ambas estão interligadas. Se uma não vai bem, a outra inevitavelmente será afetada, já que, um indivíduo com a saúde mental em declínio terá mais dificuldades para lidar com suas emoções no dia a dia; o mesmo acontece com alguém cujas emoções estão alteradas ou em desequilíbrio, o que pode prejudicar a saúde mental.

O estigma sobre a saúde mental

Existe, ainda hoje, um estigma sobre a saúde mental, pois os transtornos mentais, sejam eles quais forem, são comumente associados à “loucura”. Esse preconceito impede que muitas pessoas busquem ajuda para tratar de questões que são normais ao ser humano e que, se não forem devidamente investigadas e trabalhadas, podem afetar negativamente a sua vida.

Por isso, diferenciar saúde mental e emocional é uma tentativa de romper esse estigma, deixando bastante clara e bem definida a questão dos transtornos mentais para facilitar a identificação e a busca por tratamento.