Cuidar da saúde mental é uma urgência global. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão é atualmente a principal causa de incapacidade no mundo. No Brasil, mais de 37% dos afastamentos do trabalho registrados em 2023 estiveram ligados a transtornos mentais e comportamentais, conforme o Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho. A ansiedade, a síndrome de burnout e os quadros depressivos são hoje recorrentes não apenas entre adultos, mas também em jovens e crianças, impactando a produtividade, os relacionamentos e a qualidade de vida.

A urgência do tema foi reconhecida pela Lei 14.831/2024, sancionada recentemente, que obriga empresas a implementarem programas de prevenção, acolhimento e tratamento em saúde mental para seus colaboradores. Essa legislação representa um avanço importante ao colocar a saúde mental no centro das estratégias de bem-estar corporativo, mas também revela a gravidade do cenário atual. Nunca se falou tanto em bem-estar emocional no ambiente de trabalho — e é exatamente nesse contexto que os terapeutas holísticos se tornam peças-chave.

Neste artigo, inspirado na entrevista com a psicoterapeuta holística Célia França, discutimos por que cuidar da saúde mental vai muito além de evitar transtornos. É sobre cultivar equilíbrio no dia a dia, recuperar o contato consigo mesmo e reconhecer que o terapeuta integrativo tem um papel essencial no cuidado e na prevenção dos desequilíbrios da mente, das emoções e do corpo.

O que está por trás da crise de saúde mental atual?

Vivemos sob pressão constante: prazos, redes sociais, notícias alarmantes, produtividade extrema. Segundo Célia, esse excesso aciona continuamente nosso sistema nervoso simpático, levando a um aumento crônico de cortisol e inflamação cerebral. A natureza do ser humano não foi feita para aguentar esse estresse prolongado. A biologia humana, moldada por milhares de anos em ambientes naturais, não está preparada para a intensidade das demandas atuais.

Outro agravante é a hiperexposição às telas e a radiação tecnológica, que desregula a bioquímica corporal e desconecta o indivíduo de seu ambiente natural, impactando diretamente o sistema hormonal e o emocional. A ausência de pausas, a falta de silêncio, o excesso de estímulos e a escassez de descanso verdadeiro criam um ambiente interno de alerta constante. Isso, por sua vez, contribui para o surgimento de doenças psicossomáticas, problemas de atenção e bloqueios emocionais que muitas vezes passam despercebidos.

Sinais sutis de que sua saúde mental está fragilizada

Nem sempre o sofrimento psíquico se manifesta em diagnósticos graves. Muitas vezes ele se esconde em pequenos sintomas cotidianos que são naturalizados ou ignorados. Alguns sinais precoces incluem:

• Irritabilidade frequente ou crises de raiva desproporcionais
• Alterações de sono e apetite, como insônia ou comer por ansiedade
• Esquecimentos constantes, falta de foco e lapsos de memória
• Sensibilidade exacerbada a críticas ou rejeições
• Cansaço mental sem motivo aparente, mesmo após o descanso
• Dores físicas recorrentes sem causa orgânica, como gastrite, cefaleia ou tensão muscular

Esses sinais são convites silenciosos do corpo e da mente para que algo seja olhado com mais atenção. Reconhecê-los é fundamental para prevenir quadros mais graves como ansiedade generalizada, depressão, fobias, síndrome do pânico ou burnout. O autoconhecimento é a chave para identificar e tratar esses sintomas antes que eles se tornem doenças.

Soluções aplicáveis para cuidar da saúde mental naturalmente

A psicoterapia holística defende uma visão ampliada do ser humano, que considera não apenas os sintomas, mas também as causas emocionais, energéticas, comportamentais e até ancestrais de cada desequilíbrio. Aqui estão práticas simples e acessíveis sugeridas pela especialista:

• Respiração consciente: retomar a respiração diafragmática para acalmar a mente e regular o sistema nervoso.
• Contato com a natureza: caminhar descalço, observar o ambiente natural, se reconectar com o ritmo biológico da vida.
• Meditação e mindfulness: reduzir ruídos mentais e trazer presença para o aqui e agora.
• Atividade física regular: liberar endorfinas, oxigenar o cérebro e promover bem-estar integral.
• Alimentação natural: evitar industrializados, priorizar alimentos vivos e cuidar do intestino, que também afeta a mente.
• Higiene do sono: criar uma rotina de qualidade no descanso noturno, sem telas ou estímulos excessivos.
• Conexões humanas reais: nutrir relações saudáveis, evitar isolamento e cultivar conversas significativas.
• Espiritualidade e oração: não ligada à religião, mas à conexão com algo maior que dá sentido à vida.
• Cantar ou cantarolar: ativa o nervo vago, promove relaxamento profundo e regula as emoções.

Essas práticas, quando feitas com constância, têm o poder de transformar o estado mental e prevenir adoecimentos graves. Mais do que técnicas, são escolhas conscientes de cuidado diário.

Psicoterapia Holística: por que começar por ela?

A metodologia Mensana 360º é uma abordagem psicoterapêutica desenvolvida pela professora Célia França para atender as necessidades emocionais, mentais e bioenergéticas da sociedade atual. Ela combina:

• Neuropsicanálise
• Bioenergética
• Constelação familiar sistêmica
• Renascimento e técnicas de respiração terapêutica
• Florais de Bach, frequências vibracionais e homeopatia contemporânea

O foco é ir à raiz do problema, corrigir o "mapa neural" formado desde a gestação, e promover uma reprogramação profunda que traga resultados efetivos desde a primeira sessão. O método foi criado após décadas de atendimento clínico e estudos sobre o impacto das emoções na saúde. Ele considera a história de vida do cliente, sua ancestralidade, sua forma de se relacionar e suas fases de desenvolvimento.

Esse modelo possibilita ao terapeuta não apenas aliviar sintomas, mas atuar na origem do sofrimento e reorganizar internamente o sistema psíquico e emocional do cliente.

O terapeuta do futuro é um psicoterapeuta holístico bem formado

Segundo Célia, não adianta acumular cursos desconectados e técnicas isoladas. Um terapeuta de sucesso precisa:

• Uma formação robusta com metodologia integrada, que conecta teoria e prática
• Aplicar as técnicas em si antes de aplicar nos outros: o terapeuta precisa viver o que ensina
• Tratar suas próprias feridas emocionais para não projetá-las em seus clientes
• Superar crenças de escassez, medo e culpa para prosperar com autenticidade
• Empreender: entender que viver de terapia é possível, profissional e necessário

A Psicoterapia Holística proporciona não apenas conhecimento técnico, mas também um mergulho em si mesmo. O autoconhecimento do terapeuta é o solo fértil onde nascerão as transformações dos seus clientes.

Autocuidado não é luxo. É um compromisso.

O ponto final da conversa foi um chamado à consciência: estamos vivendo sob uma hipnose coletiva de produtividade, urgências externas e falta de tempo. Sair disso exige coragem, presença e escolha.

• Dizer não ao que não faz sentido e sim para si mesmo
• Colocar limites com amor e estabelecer prioridades pessoais
• Criar espaço para escutar o corpo, o coração e a alma diariamente
• Trocar a pressa pela presença, o medo pelo propósito

Autocuidado é assumir responsabilidade pela própria vida. É um exercício de comprometimento com aquilo que nos faz bem, mesmo que isso exija mudanças difíceis. É sobre se dar o direito de parar, respirar, sentir e viver com mais leveza.

Conclusão

A saúde mental é um compromisso coletivo e individual. O papel do terapeuta integrativo é essencial nesse novo mundo que exige humanidade, escuta e prevenção. Em tempos de estresse extremo e desequilíbrio emocional, não basta tratar sintomas. É preciso cuidar da raiz, cultivar práticas que nos fortaleçam e buscar caminhos que integrem mente, corpo e espírito.

Se você deseja cuidar melhor de si ou deseja ser um agente de transformação, a Psicoterapia Holística é um excelente caminho para começar. O método Mensana 360º mostra que é possível alcançar resultados reais com consciência, técnica e humanidade.

Quer assistir ao podcast completo e se inspirar com os insights da professora Célia França? 

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