Os riscos dos alimentos processados ​​à sua saúde

Os riscos dos alimentos processados ​​à sua saúde

Hoje em dia as pessoas consomem mais calorias em dietas ricas em alimentos processados, mesmo quando combinadas com nutrientes como carboidratos, proteínas, gorduras e açúcares. Entretanto, desconhecem as possíveis implicações que esse tipo de alimento tem para a saúde, pois existe uma tênue relação do consumo de alimentos ultra processados ​​com o aumento das doenças cardiovasculares, coronárias e cerebrovasculares.

Quando nutrientes como carboidratos, proteínas, gorduras e açúcares são combinados nas refeições, as pessoas tendem a comer mais calorias de alimentos processados, o que sugere que há algo inerente a esse tipo de alimento que nos faz comer demais. 

Como regra geral, os alimentos ultra processados ​​são ricos em sódio, açúcar, calorias em ácidos graxos saturados e contêm menos fibras e vitaminas do que uma dieta rica em alimentos frescos. Isso, combinado com os aditivos que eles contêm, pode ter efeitos negativos na saúde cardiovascular.

Alimentos ricos em sódio podem contribuir para a hipertensão, assim como alimentos ricos em gordura saturada que podem aumentar nossos níveis de colesterol, o que pode aumentar as chances de ataques cardíacos e derrames. Além disso, os aditivos que impedem a quebra de alimentos ultraprocessados, como o bisfenol, podem aumentar o risco de distúrbios cardiometabólicos.

Um estudo em ratos descobriu que os emulsificantes, às vezes encontrados em alimentos ultraprocessados, podem desencadear inflamação de baixo grau e obesidade ou síndrome metabólica. E isso, é claro, pode aumentar o risco de problemas cardíacos.

A atividade física mostrou reduzir o risco desses problemas cardiovasculares, mas não há evidências de que os exercícios "consertem" os danos desses alimentos.

Considerando que muitos estudos mostram associações entre problemas de saúde causados ​​pelo consumo de alimentos ultraprocessados, limitar a proporção desse tipo de alimento em sua dieta pode ser uma opção inteligente. 

Na hora de escolher alimentos preparados, escolha produtos com menor quantidade de ingredientes (para reduzir a exposição a aditivos) e produtos com melhor qualidade nutricional - deve-se pensar menos em açúcar, sal e gordura trans.

É preciso reconhecer que a indústria de alimentos não chegou sozinha a esse ponto, o consumidor pede alimentos mais saborosos, mais fáceis de preparar e consumir, que não envolvam trabalho em casa, e a indústria adaptou suas formulações a essa exigência. Portanto, é necessário sensibilizar os consumidores.

Ter um bom hábito alimentar é fundamental para cuidar da saúde. Atualmente, a prevalência de sobrepeso e obesidade está aumentando em vários países do mundo, entre outras causas, ao consumo excessivo de alimentos ultraprocessados ​​que costumam conter grandes quantidades de gordura, açúcares e sódio. 

É uma situação que deve preocupar a todos, pois, aparentemente, há na população desconhecimento e confusão na hora de ingerir aqueles alimentos que passam por um processo industrial, seja para estender seu tempo no mercado ou para atender a demanda de consumidores que buscam facilidade no preparo e consumir comida.

 

Entenda a classificação dos alimentos e quais você deve priorizar para uma alimentação mais saudável:

Para melhor compreender o assunto, e por proposta de pesquisadores da Universidade de São Paulo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) utiliza o sistema Nova que classifica os alimentos de acordo com sua natureza, grau de processamento e finalidade. Essa nova forma de classificação estabelece quatro grupos de alimentos fáceis de lembrar para uma dieta correta.

O primeiro grupo inclui alimentos não processados ​​ou minimamente processados, como maçã, sucos de frutas frescas, leite pasteurizado ou peixe congelado. 

O segundo reúne ingredientes culinários, como óleos, gorduras, sal, açúcar, temperos que costumam ser usados ​​no preparo de alimentos tanto em casa quanto na indústria. 

O terceiro grupo reúne alimentos processados ​​aos quais foi adicionado um ou mais ingredientes culinários, seja para melhorar sua palatabilidade ou seu prazo de validade e são derivados diretamente dos alimentos. Por exemplo, um pão, sardinha em óleo, queijos envelhecidos ou ervilhas em lata.

O último grupo, o “ultra processado” que inclui alimentos processados ​​a partir de formulações a partir de substâncias derivadas de alimentos. É obtido pela combinação de componentes com diversos aditivos como: aromatizantes, adoçantes, estabilizantes, corantes. De acordo com a classificação, eles têm até um total de 20 componentes ou mais, dos quais a maioria são geralmente aditivos.

Para evitar isso, uma das principais tarefas é que o consumidor esteja ciente dos riscos do consumo desse tipo de produto e do que ele acarreta para a saúde. É fundamental que as pessoas se informem e mudem seus hábitos alimentares. Isso forçará as empresas a buscar alternativas saudáveis ​​para mudar a forma atual de fazer produtos.

É preciso reconhecer que a indústria de alimentos não chegou sozinha a esse ponto, o consumidor pede alimentos mais saborosos, mais fáceis de preparar e consumir, que não envolvam trabalho em casa, e a indústria adaptou suas formulações a essa exigência. 

Portanto, é preciso conscientizar os consumidores sobre o que os alimentos significam para sua saúde. É necessário que as empresas trabalhem com responsabilidade social, priorizando a saúde do consumidor.

É uma responsabilidade compartilhada: cidadania, instituições de controle e indústria. O Estado (Ministério da Saúde e Educação) deve educar sobre alimentação saudável e divulgar os efeitos do consumo desses alimentos não saudáveis ​​e de alto valor calórico, caso contrário ocorrerão situações mais graves no futuro. 

Todos devem concordar em estratégias e soluções para que uma alimentação saudável prevaleça no país. E uma das soluções é investir em conhecimento!

 

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