O uso das plantas medicinais na cura de doenças e melhoria da qualidade de vida já vem sendo realizado desde o inicio da humanidade. Muitas das receitas que eram apenas do conhecimento popular têm hoje sua eficácia comprovada pela ciência.
Na Índia e na China, o uso das ERVAS já faz parte da medicina por pelo menos 2000 anos. No Brasil ainda não se tem um conhecimento profundo sobre a forma correta de utilização dessas plantas. A maioria das pessoas ainda usa errado, o que acaba sendo ineficaz.
A internet e os meios de comunicação não-científicos tornam o uso das plantas medicinais, de certa forma, até perigoso porque explicam muito superficialmente.
O local e o estado onde a maioria das pessoas adquire as ervas é outro problema, o que pode até gerar risco para a saúde. Muitas plantas são vendidas na rua ou expostas ao ar livre em feiras e mercados populares, quando o correto seria oferecer essas plantas embaladas adequadamente. Essas plantas não possuem princípio ativo algum, podendo ainda sofrer contaminação por microorganismos.
Outra questão importante é sobre a falta de conhecimento sobre a utilização das ervas medicinais. Dependendo da forma como se usa a planta pode ser eficaz ou não, assim como a dosagem (se for baixa pode não ter o efeito procurado e se for alta pode causar intoxicações e efeitos adversos).
O conhecimento através dos nomes populares das plantas também pode gerar dúvidas e enganos na sua utilização, como o caso da espinheira-santa, por exemplo. Existem várias espécies sendo comercializadas com este nome, algumas delas sem o efeito comprovado para a Maytenus ilicifolia.
A educação para as Plantas Medicinais deve ser incentivada na sociedade, já que é e sempre vai ser utilizada pelas pessoas na busca da cura das doenças e melhoria da qualidade de vida.
As plantas e seus usos
A humanidade utiliza os vegetais para proteção da saúde e alívio de seus males desde o princípio de sua existência na Terra, há muito tempo, as plantas medicinais têm sido usadas como forma alternativa ou complementar aos medicamentos da medicina tradicional. O seu uso na medicina popular e a literatura etnobotânica têm descrito o uso dos extratos, infusões e pós de plantas medicinais por vários séculos contra todos os tipos de doenças.
A utilização de plantas medicinais tornou-se um recurso terapêutico alternativo de grande aceitação pela população e vem crescendo junto à comunidade médica, desde que sejam utilizadas plantas cujas atividades biológicas tenham sido investigadas cientificamente, comprovando sua eficácia e segurança.
É notável o crescente número de pessoas interessadas no conhecimento de plantas medicinais, inclusive pela consciência dos males causados pelo excesso de quimioterápicos causados no combate às doenças.
O uso de plantas medicinais pela população mundial tem sido muito significativo nos últimos tempos. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que cerca de 80% da população mundial fez o uso de algum tipo de erva na busca de alívio de alguma sintomatologia dolorosa ou desagradável. Desse total, pelo menos 30% deu-se por indicação médica.
Estas são amplamente comercializadas em farmácias e supermercados em geral, por razões sociais ou econômicas. A crise econômica, o alto custo dos medicamentos industrializados, o difícil acesso da população à assistência médica e farmacêutica são possíveis fatores que levaram as pessoas a utilizar produtos de origem natural.
O uso das plantas medicinais tem que ser feito cuidadosamente, com muito critério, pois as mesmas não fazem milagres e podem levar à intoxicação daqueles indivíduos que desconhecem precauções e contra-indicações destas plantas. Às vezes se imagina que o produto, por ser natural, faz bem à saúde, mas a ignorância do conhecimento sobre os efeitos desejados ou não, pode ser desastrosa.
Outro fator de destaque na crescente procura da fitoterapia é a vigente carência de recursos dos órgãos públicos de saúde e os incessantes aumentos de preços dos medicamentos industrializados. No entanto, pela facilidade de obtenção e despreparo de quem as utiliza são também observados casos de intoxicação de plantas tidas como medicinais.
O Brasil é um dos quatro países que apresentam maior biodiversidade em todo o mundo, sendo o primeiro em número total de espécies. Em nossos três milhões e quinhentos mil quilômetros quadrados de florestas, existem a mais diversificada reserva de plantas do planeta. Nos últimos anos tem-se verificado um grande avanço científico envolvendo os estudos químicos e farmacológicos de plantas medicinais que visam obter novos compostos com propriedades terapêuticas. Isto pode ser claramente observado pelo aumento de trabalhos publicados nesta área, tanto em congressos como e periódicos nacionais e internacionais.
O princípio da fitoterapia
Desde a pré-história as plantas eram utilizadas na cura de problemas de saúde, era a única forma de cura conhecida pelos povos e civilizações antigas, até os animais se utilizavam das plantas. Através de experimentos, a sabedoria popular que passou para os descendentes e o cultivo, as plantas conseguiram passar por várias gerações sem perder as suas características.
A sabedoria popular no uso das plantas impulsionou o seu consumo por todos os grupos sociais durante séculos. Foram encontrados indícios da utilização das plantas em todas as civilizações estudadas. O princípio de todo conhecimento está espalhado pelos vários berços da civilização tais como europeu de onde surgiu a melissa (Melissa officinalis), da África apareceu a arruda (Ruta graveolens), dos índios brasileiros surgiu a caapeba (Piper umbellatum) e da Ásia o gengibre (Zingiber officinale).
O mundo vegetal inclui três grupos principais de plantas: superior, intermediário e inferior. Entre estes grupos estão bactérias, algas microscópicas, cogumelos, samambaias, musgos e árvores, entre outros. Livros sobre propriedades medicinais de plantas regularmente tratam as ervas e as plantas medicinais diferentemente. Porém, ervas são plantas anuais, bienais ou perenes que não desenvolvem um tecido lenhoso. Talvez pelo fato das ervas apresentarem um papel importante histórico e tradição de cura, às vezes elas são tratadas como uma categoria especial de plantas, ou seja, são avaliadas particularmente pelas suas qualidades medicinais, saborosas ou aromáticas.
Como os nomes tradicionais ou populares das plantas medicinais variam muito de acordo com aspectos regionais e culturais, a melhor maneira de se agrupar as plantas é através do seu nome científico e seguido dos seus nomes populares.
Tipos de plantas
Existe uma grande variedade de ervas, em torno de 73 tipos diferentes. Algumas delas se enquadram em uma ou mais classificações de acordo com o uso - culinária, aromática, ornamental e medicinal.
✔Culinárias: são as mais utilizadas na cozinha, com uma vasta gama de utilizações. Estas plantas, devido ao seu sabor forte, geralmente são usadas em pequenas quantidades para dar sabor. As ervas culinárias incluem salsinha, cebolinha, tomilho, manjerona, hortelã e manjericão.⠀⠀
✔Aromáticas: a maioria tem cheiro agradável de flores e folhagem. Os óleos das plantas aromáticas podem ser usados para produzir perfumes diversos. Para uso doméstico, partes da planta são usadas inteiras, muitas vezes para perfumar as roupas de vestuário ou de cama. Quando seca, muitas ervas aromáticas conservam o aroma por um período considerável. Algumas das mais comuns são a hortelã, manjerona, alecrim e manjericão.⠀
✔Medicinais: elas têm sido utilizadas pelo seu potencial curativo, porém, devem ser usadas com cuidado. Algumas ervas são inofensivas, enquanto outras podem ser perigosas se ingeridas.⠀
✔Ornamentais: têm flores e folhagens coloridas, muitas delas com flores brancas. A valeriana tem flores de carmesim, enquanto a borragem e chicória são azuis. Essas ervas, como tomilho, hortelã, lavanda e cebolinha, produzem folhagem variada.⠀⠀
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